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terça-feira, 8 de setembro de 2009


"Algo está sempre por acontecer. O imprevisto improvisado e fatal me fascina.Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo.Você tornou-se um eu.É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas.É tão silencioso.Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois?Dificílimo contar: olhei para você fixamente por uns instantes.Tais momentos são o meu segredo.Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamei isto de estado agudo de felicidade."
(Clarice Lispector)

Um comentário:

ErikaH Azzevedo disse...

A imagem, o texto da clarice , o post em si me lembra outro escrito da mesma autora. Deixo-te aqui, na esperança q nele tb se reconheça.

“Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!

Clarice Lispector.

A chuva a simbolizar a agua q mate a sede de amar.

Primeira vez q visito seu blog e encontro assim logo de inicio meus dois escritores favoritos, o caio e a clarice...lindos e iguais em intensidade e em sentir.

Um beijo tb te deixo.

Erikah