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domingo, 17 de outubro de 2010


Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias.
(Caio Fernando Abreu)

sábado, 16 de outubro de 2010


Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega.
(Lya Luft)

"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."

(Gabriel García Márquez)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro.
(Caio Fernando Abreu)

"Ainda que o gesto me doa,
não encolho a mão: avanço
levando um ramo de sol."
(Thiago de Melo)

"Depois que cansei de procurar aprendi a encontrar.
Depois que um vento me opôs resistência,
velejo com todos os ventos."
(Friedrich Nietzsche)

" Se Queres o repouso da alma e a felicidade, crê; se queres ser um discípulo da verdade, busca ... "
( Nietzsche )

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.
(Clarice Lispector)

Tenho, nas minhas mãos, dois caminhos, duas decisões, mesmo quando tudo parece desabar, cabe à mim decidir, entre rir ou chorar, ir ou ficar, entre desistir ou lutar. Se o mar está revolto, posso ficar na praia ou sair para pescar e, talvez, nunca mais voltar. Tenho, nas minhas mãos, o bem e o mal, e entre eles, poucos pensamentos, um diz para fazer sem culpa, o outro pensa, reflete e pede para esperar. Enquanto o mundo se perde em erros, posso me manter sereno, sem medo porquê tenho a chave da minha vida nas minhas mãos. Então, hoje, me sinto mais forte, pois atravessei o deserto da alma, amei quem não me amou e deixei de lado quem muito me amava. Atravessei caminhos nem sempre floridos, que deixaram marcas profundas em mim, mas amei e fui amado... Por isso tenho em minhas mãos, bem mais que a vida, tenho a dúvida e a certeza, a esperança e o medo, o desejo e a apatia, o trabalho e a preguiça. E me dou o direito de errar sem me cobrar, e acertar sem me gabar, porquê descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir. E decidi, de uma vez por todas, ser feliz e esse caminho não tem volta...
(Paulo Roberto Gaefke)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


“Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”
(Rubem Alves)