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segunda-feira, 29 de março de 2010


“Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo.”
(Caio Fernando Abreu)

Talvez tudo,
talvez nada.
(Caio Fernando Abreu)

Não temos culpa,
tentei.
Tentamos.
(Caio Fernando Abreu)

"Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?
Só quero ir indo junto com as coisas, ir sendo junto com elas, ao mesmo tempo, até um lugar que não sei onde fica, e que você até pode chamar de morte, mas eu chamo apenas de porto”
(Caio Fernando Abreu ; - in Ovelhas Negras)

"Ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso..."
(Caio Fernando Abreu)

"Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele,
sem guarda-chuva nem nada"
(Caio Fernando Abreu)

" E batalho ferozmente a minha paz."
(Caio Fernando Abreu)

Porque fé, quando não se tem, se inventa...
(Caio Fernando Abreu)

Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha era seu "
(Caio Fernando Abreu)

Pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber por quê, não sei se, na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar. Essas são as escolhidas — as que vão ao fundo, ainda que fiquem por lá."
(Caio Fernando Abreu)

"Só quero ir junto com as coisas, ir sendo junto com elas, ao mesmo tempo, até um lugar que não sei onde fica, e que você até pode chamar de morte, mas eu chamo apenas de porto"
(Caio Fernando Abreu)

"E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem."
(Caio Fernando Abreu)

" Nos últimos dias, isto é, ontem, a tristeza começou a ceder terreno a uma espécie de - digamos - abnegação. Durmo, acordo, faço coisas, leio muito.
E esse vazio que ninguém dá jeito? Você guarda no bolso, olha o céu, suspira, vai a um cinema, essas coisas. E tudo, e tudo, e tudo..."
[Cartas]- (Caio Fernando Abreu)

"Sempre há alguma coisa que falta... Guarde isso sem dor.
Embora, em segredo, doa."
(Caio Fernando Abreu)

"De cada dia arrancar das coisas,
com as unhas,
uma modesta alegria;
em cada noite descobrir um motivo razoável
para acordar de manhã."

(Caio Fernando Abreu - Anotações sobre um amor urbano.)

"Teu coração baterá com força, sem que ninguém escute."

(Caio Fernando Abreu - Natureza Viva)

"Os olhos, ela viu, os olhos tinham mudado. Estavam parados, com uma coisa no fundo que parecia paz. Ou desencanto."
(Caio Fernando Abreu)

Este vazio de amor todos os dias: a cabeça pesada ao meio-dia, a boca amarga, um cheiro de sono e solidão nos cabelos (...)''
...é bem assim às vezes ..
(Caio Fernando Abreu)

"Não sei o que faço, onde fico: tenho muito medo, mas confio em Deus. E apesar do meu medo, há em mim uma paz enorme, que eu chamo de felicidade."
(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 24 de março de 2010


Então somos amigos confessos. Nas confidências nos apoiamos e nos curamos das feridas impostas pela saudade do que vivemos ou do que ainda sonhamos viver. Tu me acolhes em tua sombra e me aquece as lembranças de quando eu era menino livre pelas calçadas de casas e cumpria o cômodo trajeto até a escola. Eu te devo a ausência de lágrimas de mais um dia. A falta de dores no peito e nos ombros, pois foram expulsas pelo teu carinho. Eu tento brandamente mostrar a riqueza que és. A pureza que escondes nesse teu olhar de sol quando se põe. Eu timidamente me aproximo de ti e espero. Espero que sejamos descobertos pelo destino teimoso. Ou pelos anjos do amor em suas nuvens. Pois somos amigos. Doces amigos da ânsia perpétua de um grande amor. Ate que possamos ser libertos da amizade e eu caminhe até ti para saciar minha sede de tua boca encarnada.

(Leometáfora)

Saudade é não saber...
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche...

Acredite nas pessoas... Naquelas que possuem algo mais... Aquelas pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes... Falo daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser verdadeiras, tecendo elogios, que pedem desculpas com a simplicidade de uma criança... Pessoas firmes... verdadeiras, transparentes, amigas, ingênuas... que com um sorriso, um beijo, um abraço, uma palavra que faz feliz... aquelas que erram... acertam... não tem vergonha de dizer não sei... aquelas que sonham... aquelas amigas... aquelas que passam pela vida deixando sua marca, saudades, aquelas que fazem a diferença... aquelas que vivem intensamente...!!! (Élida Lima)

sexta-feira, 5 de março de 2010


PAI PARA SEMPRE
Quando o seu pai houver envelhecido,
E, infelizmente, esta hora virá,
Quando aquilo que, em tempos idos, ele fazia com facilidade e felicidade,
Agora é com dificuldade que faz,
Quando os seus olhos queridos e leais,
Já a vida como antes não olharem mais,
Quando as suas pernas ficarem fatigadas,
E não a quiserem mais carregar...
Empreste-lhe o seu braço como apoio,
Siga a seu lado com contentamento e alegria.
A hora virá (ela virá) quando, chorando,
você sentirá saudades de tudo o que fez e do que não fez!
E se alguma coisa ele lhe perguntar, responda.
E se voltar a perguntar, volte a responder.
E se outra vez falar, fale com ele; sempre com candura.
Não com impaciência, mas gentilmente!
E se não conseguir compreender bem,
Volte tudo a explicar, com alegria;
Ninguém lhe amou tanto, e com tanto amor,
Quanto seu pai!

(Obrigada minha grande amiga Nadja, pelo lindo, belissímo texto, que me emocionou bastante, e me bateu uma imensa saudade de meu paizinho amado SEMPRE!... você é Super iluminada minha linda!!!)

Eu nunca fiz amigos tentando ser interessante. Todos os amigos mais íntimos que fiz foi porque me interessei verdadeiramente por eles. Me interessei pelo que doía, pelo que o fazia gargalhar, pela forma como banalizava histórias tristes, pelo jeito com que dramatizava fatos aparentemente banais...Todo mundo quando descobre certa receptividade no outro abre seu coração com tamanha generosidade, que fica difícil não fazer o mesmo. Porque a escolha é sempre nossa. A gente se abre, o outro percebe e se abre simultaneamente_ sempre nessa expectativa do encontro. E quando flui, tudo nos parece mágico.Mas depois vem o que fazemos com tanta informação, com aquela confissão, com aquele momento de entrega. É isso que vai solidificar o que quer que tenha começado. E quando isso não é um dom, é um exercício.Sempre tenho a impressão de que meus amigos têm talento para sê-los. Que são pessoas que nasceram pra essa troca incrível, com esse jeito maravilhoso de encher de sagrado qualquer encontro. Sempre lembro que se fulano (que para mim vive em outro patamar espiritual, emocional, intelectual, etc) me es-colheu, é meu termômetro pra pensar: “vá em frente, você está vibrando na energia certa”!...Isso me faz acreditar mais em mim e a ter vontade de me melhorar diariamente porque sei que o quer que eu faça ou fale, nunca será o suficiente para parar de investir numa relação: o ser humano é dinâmico, está em constante processo de mutação e carecendo de novas trocas.Com minhas amizades aprendo, inclusive, a me relacionar afetivamente com pessoas mais saudáveis quando reflito: “beltrano, (por quem estou fortemente atraída), seria alguém que eu indicaria para minha melhor amiga ou uma filha?”Quando a resposta é NÃO! O que me fez pensar que seria o melhor para mim???É o tipo de amor que não me deixa estagnar na consciência, mas me leva à ação.Tudo que eu sou eu devo ao que fui, à minha criação, ao que me doeu longamente, às alegrias que tive, às pessoas que conviveram comigo,aos valores que me passaram e ao que transcendi. Tenho tanta consciência da importância do outro na minha vida que digo que sou viciada em gente: com seus problemas, suas virtudes, sua simplicidade, ou complexidade, com sua disposição pro amor ou a sua dificuldade de. Porque eu sempre vou encontrar casa numa característica, qualidade ou defeito do outro, nem que seja pra rejeitar naquele momento e me sentir superior ou inferior. Tudo é instrumento para que eu me trabalhe quando me deixo vir à tona através das projeções que faço.Não sou uma pessoa fácil, embora quem me veja, ache que sim. Às vezes me alimento das belezas que as pessoas me dão ou me desprezo quando me rejeitam.Sou exagerada em tudo:oscilo demais, fico melancólica demais, alegre demais, agressiva demais, doce demais, carente ao extremo, independente além da conta. Mas sempre tento estar atenta a minha responsabilidade, a ter o cuidado de dizer ao outro que o processo é meu, o problema é meu...que ele me trouxe à tona e que às vezes no primeiro impacto isso pode ser assustador. Porque a honestidade sempre salvou as minhas relações e me permitiu ser amada sendo quem eu estava, porque somos o que estamos.Depois descobri que a gente se desilude com amigos sim, mas que ninguém tem tanta força pra me ferir. Só terá se eu der a ele esse poder. E que quando abraço uma pessoa inteira( porque eu, sinceramente, não consigo abraçar sem entrega), sei que estou trazendo pra minha vida uma pessoa com tudo o que ela tem dentro: seu passado e tudo o mais que a formou além da essência. E acredito tanto na minha intuição e na minha sensibilidade que confio que sempre haverá a troca_ de um jeito torto, truncado ou fluido_ eu só dependo da minha criatividade: com ela eu escolho se usarei meus vazios e minhas decepções pra me lamentar ou como espaços que eu tenho pra crescer ou, ainda, se saberei aceitar amor e confiar simplesmente.É por isso que críticas podem até me baquear, mas não me desnorteiam e que elogios me nutrem, mas não me envaidecem (mais)...Porque nunca fiz amigos tentando ser interessante...
(Marla de Queiroz)